Espaços públicos e comuns urbanos

As práticas insurgentes de apropriação de espaços públicos que se multiplicam em São Paulo nos últimos anos são um tema especialmente relevante no contexto atual em que as Operações Urbanas, os grandes projetos e as parcerias público-privadas se consolidam como modelos predominantes de transformação urbana nas metrópoles brasileiras. A ação de coletivos, movimentos e grupos da sociedade civil que vêm tomando as ruas não apenas contesta esses projetos urbanos privatizantes, mas aponta para outras formas de produção dos espaços públicos coletivos e de reprodução da vida na metrópole, fortalecendo a noção da cidade como um bem comum.

Estes movimentos podem ser entendidos como forma de enfrentamento das novas (e velhas) frentes de expansão do capital e estão conectados em rede por todo o planeta.